A cirurgia refrativa é uma das intervenções oftalmológicas mais procuradas por pessoas que desejam se livrar dos óculos ou das lentes de contato. Ao corrigir erros de refração — como miopia, hipermetropia, astigmatismo e, em alguns casos, presbiopia —, ela oferece liberdade visual, qualidade de vida e mais praticidade no dia a dia.
Apesar de ser considerada segura e eficaz, essa cirurgia nem sempre é indicada para todos. Existem critérios rigorosos para definir quem pode realizá-la com segurança e alcançar os resultados esperados.
Neste artigo, você entenderá o que é a cirurgia refrativa, como ela funciona, quem pode se submeter ao procedimento, quais são as contra indicações e o que esperar do pós-operatório.
O que é a cirurgia refrativa?
A cirurgia refrativa é um procedimento oftalmológico com o objetivo de corrigir os erros de refração, ou seja, imperfeições na forma como a luz é focada pela córnea sobre a retina. As principais condições tratadas pela cirurgia são:
- Miopia: dificuldade de enxergar de longe;
- Hipermetropia: dificuldade de enxergar de perto (e às vezes também de longe);
- Astigmatismo: visão distorcida ou embaçada em todas as distâncias;
- Presbiopia (ou vista cansada): dificuldade de foco para leitura, comum após os 40 anos
O procedimento mais comum é realizado com laser de excimer ou femtosegundo, que remodela a córnea para que a luz incida corretamente sobre a retina. As técnicas mais conhecidas são:
- LASIK (Laser-Assisted In Situ Keratomileusis);
- PRK (Photorefractive Keratectomy);
- SMILE (Small Incision Lenticule Extraction).
Cada técnica tem suas indicações específicas, e a escolha depende da anatomia ocular do paciente, do grau do erro de refração e de outros fatores avaliados pelo oftalmologista.
Quem pode fazer a cirurgia refrativa?
Nem todo mundo que usa óculos ou lentes é um bom candidato à cirurgia refrativa. Para que o procedimento seja seguro e eficaz, o paciente precisa atender a critérios clínicos e anatômicos rigorosos. Os principais requisitos incluem:
1. Idade mínima de 18 anos
A cirurgia só é indicada para maiores de 18 anos porque o grau dos olhos precisa estar estável por pelo menos 12 meses. Se o erro refrativo estiver em progressão, a correção pode se tornar ineficaz com o tempo.
2. Grau estável
É essencial que o grau não tenha sofrido alterações nos últimos 12 meses. Essa estabilidade é sinal de que o olho já completou seu desenvolvimento refracional.
3. Espessura e curvatura adequada da córnea
Durante a avaliação pré-operatória, exames como a topografia corneana e a paquimetria são realizados para medir a espessura e o formato da córnea. Pessoas com córneas muito finas ou irregulares podem não ser candidatas ao procedimento, pois o laser precisa de uma espessura mínima para atuar com segurança.
4. Ausência de doenças oculares
Pacientes com doenças como ceratocone, glaucoma descompensado, catarata em estágio avançado ou outras alterações importantes na retina, geralmente, não podem realizar a cirurgia refrativa, a menos que o problema ocular seja tratado antes.
5. Boa saúde geral
Embora a maioria das condições sistêmicas não contraindique a cirurgia, algumas doenças autoimunes, diabetes descompensado ou uso de medicamentos imunossupressores podem dificultar a cicatrização da córnea ou aumentar o risco de complicações.
Quando a cirurgia é indicada?
A cirurgia refrativa é indicada para pessoas que desejam reduzir ou eliminar a dependência de óculos ou lentes de contato, desde que preencham os critérios mencionados acima. Ela é especialmente útil em casos como:
- Profissionais que não podem usar óculos ou lentes no trabalho, como policiais, militares, atletas ou bombeiros;
- Pessoas com intolerância a lentes de contato;
- Pessoas com alto grau de miopia, hipermetropia ou astigmatismo, que têm dificuldade em obter boa correção com óculos;
- Indivíduos que buscam mais liberdade visual para atividades como esportes, viagens e lazer.
Vale lembrar que, em alguns casos, mesmo após a cirurgia, o paciente pode precisar de óculos para determinadas atividades — por exemplo, para leitura após os 40 anos ou para direção noturna em graus muito altos.
Quando a cirurgia não é indicada?
Existem situações em que a cirurgia refrativa não é recomendada, como:
- Gestantes ou lactantes, devido às alterações hormonais que podem afetar temporariamente o grau dos olhos;
- Pessoas com ceratocone ou suspeita de ceratocone;
- Pacientes com córneas muito finas ou irregulares;
- Quem tem doenças oculares que comprometem a visão;
- Menores de 18 anos ou com grau ainda instável.
Além disso, expectativas irreais também são um fator de contraindicação. A cirurgia refrativa tem altas taxas de sucesso, mas não garante visão “perfeita” em todos os casos. O paciente precisa entender os limites do procedimento e os cuidados necessários no pós-operatório.
Como é o pré-operatório?
Antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação oftalmológica detalhada, que inclui:
- Refração completa (medição do grau);
- Mapeamento da córnea (topografia e paquimetria);
- Avaliação da pupila;
- Medição da pressão intraocular;
- Exame de fundo de olho.
Se tudo estiver dentro dos parâmetros adequados, a cirurgia é marcada. O uso de lentes de contato deve ser suspenso alguns dias antes dos exames e do procedimento, pois elas alteram temporariamente a forma da córnea.
Como é a cirurgia e a recuperação?
A cirurgia refrativa é rápida, segura e indolor. Geralmente, é feita com anestesia tópica (colírio) e dura cerca de 10 a 15 minutos por olho. O paciente vai para casa no mesmo dia, com orientações específicas sobre uso de colírios, repouso e cuidados com higiene ocular.
A recuperação visual depende da técnica utilizada:
- LASIK: recuperação mais rápida, com visão funcional em 24 a 48 horas;
- PRK: recuperação mais lenta (em torno de 5 a 7 dias), pois há remoção do epitélio da córnea;
- SMILE: boa recuperação, com menos desconforto que o PRK e resultados semelhantes ao LASIK.
É fundamental seguir todas as orientações médicas no pós-operatório, evitar coçar os olhos e comparecer às consultas de retorno.
Resultados e durabilidade
Na maioria dos casos, a cirurgia refrativa proporciona uma visão excelente sem o uso de óculos ou lentes. Os resultados são duradouros, especialmente em pacientes com grau estável. No entanto, com o avanço da idade, pode haver o desenvolvimento de presbiopia (vista cansada) ou catarata, o que é natural e independe da cirurgia.
A cirurgia refrativa é uma opção segura, eficaz e moderna para quem busca independência dos óculos e lentes de contato. No entanto, nem todos são candidatos ideais, e a avaliação com um oftalmologista é essencial para determinar a viabilidade do procedimento.
Se você está considerando fazer a cirurgia, agende uma consulta com um especialista em cirurgia refrativa, tire todas as suas dúvidas e descubra se esse caminho é o ideal para sua saúde ocular e seu estilo de vida. A liberdade visual pode estar mais próxima do que você imagina — desde que com segurança, responsabilidade e acompanhamento adequado.
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