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Automedicação ocular: os perigos dos colírios sem prescrição

No Brasil, é comum recorrer à automedicação diante de sintomas como dor, coceira ou vermelhidão nos olhos. Muitas pessoas acreditam que colírios são produtos inofensivos, comparáveis a um simples soro fisiológico, e acabam usando medicamentos sem orientação médica — seja por hábito, indicação de amigos ou por experiências anteriores. No entanto, essa prática é arriscada e pode trazer sérias consequências para a saúde ocular.

Neste artigo, vamos abordar os riscos da automedicação ocular, explicar por que o uso indiscriminado de colírios é perigoso e reforçar a importância do acompanhamento oftalmológico para qualquer sintoma ocular.

A banalização dos colírios

Os colírios são medicamentos formulados para tratar condições específicas dos olhos. Eles podem conter diferentes substâncias ativas: anti-inflamatórios, antibióticos, vasoconstritores, lubrificantes, corticoides ou até combinações dessas substâncias. E como todo medicamento, eles possuem indicações precisas, efeitos colaterais e contra indicações.

Apesar disso, muitas pessoas têm o hábito de guardar colírios antigos em casa e reutilizá-los sempre que sentem algum incômodo ocular. Essa atitude pode agravar o problema, mascarar sintomas de doenças mais sérias ou até causar lesões irreversíveis na córnea e retina.

Por que a automedicação ocular é perigosa?

1. Uso inadequado para o diagnóstico errado

Um dos maiores riscos é usar um colírio inapropriado para o tipo de problema ocular. Por exemplo, uma vermelhidão pode ser causada por uma conjuntivite viral, bacteriana, alérgica ou até por um glaucoma agudo. Cada uma dessas condições exige um tratamento diferente. Aplicar um colírio antibiótico em uma conjuntivite viral, por exemplo, não resolve o problema — e pode atrasar o tratamento correto.

2. Efeitos colaterais graves

Alguns colírios possuem substâncias potentes, como corticoides ou vasoconstritores. O uso frequente de colírios com corticoide, sem controle médico, pode causar efeitos adversos como:

  • Aumento da pressão intraocular (causando ou agravando o glaucoma);
  • Desenvolvimento de catarata precoce;
  • Maior risco de infecções oculares;
  • Retardo na cicatrização da córnea.

Já os vasoconstritores, frequentemente usados para “branquear” os olhos, podem causar efeito rebote: o alívio é momentâneo, mas a vermelhidão volta ainda mais intensa após o efeito do colírio passar.

3. Resistência bacteriana

O uso indiscriminado de colírios antibióticos pode favorecer o surgimento de bactérias resistentes, tornando as infecções mais difíceis de tratar no futuro. Assim como acontece com os antibióticos sistêmicos, é fundamental que esses medicamentos sejam usados apenas quando indicados e pelo tempo correto.

4. Risco de contaminação

Frascos de colírio abertos por muito tempo, armazenados de forma inadequada ou compartilhados entre pessoas podem ser contaminados por microrganismos. Isso aumenta o risco de infecções, inclusive as que ameaçam a integridade da visão, como a ceratite infecciosa.

5. Mascaramento de doenças graves

Alguns colírios podem aliviar temporariamente os sintomas, como dor, vermelhidão ou coceira, mas sem tratar a causa. Isso pode mascarar doenças como:

  • Glaucoma;
  • Uveíte (inflamação intraocular);
  • Ceratite (infecção da córnea);
  • Úlceras de córnea;
  • Retinopatias.

Essas doenças, quando não diagnosticadas precocemente, podem evoluir rapidamente e comprometer de forma irreversível a visão.

“Mas sempre usei e nunca tive problema…”

Esse é um argumento comum entre quem se automedica. De fato, nem sempre os efeitos adversos ocorrem na primeira aplicação. No entanto, o uso repetido, prolongado ou sem supervisão pode trazer consequências cumulativas e perigosas. Assim como não se deve tomar antibióticos ou corticoides orais sem prescrição, o mesmo vale para os colírios, especialmente os medicamentos com ação mais forte.

Além disso, os sintomas oculares podem ter origens diferentes. Uma coceira que parece alergia pode ser, na verdade, um sinal de olho seco grave, blefarite ou infecção. O mesmo sintoma pode ter múltiplas causas, exigindo avaliação clínica detalhada para tratamento correto.

Colírios: cada um tem uma função específica.

Para entender melhor, veja alguns tipos comuns de colírios e seus usos:

  • Lubrificantes: indicados para olho seco, podem ser usados com segurança, mas ainda assim exigem orientação sobre frequência e formulação adequada.
  • Antibióticos: usados em infecções bacterianas, não têm efeito sobre vírus ou alergias.
  • Corticoides: potentes anti-inflamatórios, usados com cautela e sob acompanhamento médico.
  • Anti-histamínicos: indicados para alergias oculares, não tratam infecções.
  • Vasoconstritores: apenas mascaram sintomas como vermelhidão e devem ser evitados em uso contínuo.
  • Colírios para glaucoma: reduzem a pressão intraocular, mas devem ser usados conforme prescrição, com monitoramento.

A automedicação com qualquer um desses pode causar problemas se usada fora do contexto correto.

Como agir diante de sintomas oculares?

A melhor forma de cuidar da saúde dos olhos é adotar atitudes preventivas e buscar avaliação oftalmológica sempre que surgirem sintomas como:

  • Dor ou ardência nos olhos;
  • Coceira persistente;
  • Vermelhidão sem causa aparente;
  • Visão embaçada;
  • Sensibilidade à luz (fotofobia);
  • Secreção amarelada ou esbranquiçada;
  • Inchaço das pálpebras;
  • Sensação de corpo estranho.

Evite o impulso de usar “aquele colírio antigo que sobrou” ou o que “funcionou da última vez”. Cada caso precisa de diagnóstico próprio e tratamento adequado.

O que fazer com colírios antigos ou sem uso?

Colírios vencidos ou abertos há mais de 30 dias devem ser descartados corretamente. Isso evita o uso acidental e reduz o risco de contaminação. Armazene os colírios sempre em local fresco e protegido da luz, conforme indicado na embalagem, e jamais compartilhe colírios com outras pessoas,  mesmo familiares.

A automedicação ocular é um hábito perigoso que pode comprometer a saúde dos olhos e até levar à perda da visão. Colírios são medicamentos e devem ser usados com responsabilidade, sempre sob orientação de um oftalmologista.

Diante de qualquer sintoma ocular, por menor que pareça, o mais seguro é buscar avaliação médica. A visão é um bem precioso e cuidar dela exige atenção, prevenção e escolhas informadas.

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